Seca de verão
Do meu inverno solar
Vendo ar com peso de consequência
Quero obter um dia de azul infinito
Que não estufe meu lar
Na cidade nova em renascimento
De alma oculta
Cultua meu modo de estar
O culto meu de todo dia
Boate minha de toda noite
Revele a vida espremida
E veja meus vagões lotar
Lotado de estresse, de mim e de esperança
Selva de pedra não
Selva de sonho
De ganância
Esprema-me mais aqui
Pra eu poder doar um pouco de mim
E sossega com a tua pressa
Disponha-se a caminhar na Paulista
Domingo a tarde
Pra contemplar a imponência
Dos prédios magnetizados
De força de vontade
É caos ao vivo
Organizado a fio
Ponha óculos e sorria
Faz quarenta anos
Que São Paulo conquistou
Meu amor a sangue frio.